Quando pensamos em androginia, ja de primeira vem à nossa cabeça, aquele homem delicado e afeminado e aquela mulher com trejeitos masculinos e com um ar bem machista. Só que o que muitos não sabem, é que todos nós temos um pouco de andróginos ou temos uma pré-disposição para tal. Na sociedade em que vivemos homem sensível, que é delicado e educado demais, é taxado como "viadinho" e mulher que gosta de carros, futebol e lutas são taxadas como masculinizada, e leva os demais, a terem sem ao menos conhecer, uma certa desconfiança que ela possa ser lésbica.
Quando crianças, os meninos são os que mais sofrem com isso, uma vez que, as meninas têm a total liberdade de andar de mãos dadas com a amiguinha, brincarem juntas e trocarem carinhos, sem sofrerem o tal do bullying.Já os meninos, são meio que "forçados" a serem "machinhos" desde pequenos. Sendo forçados a jogar futebol, gostar de carrinhos e falar palavrões, para passar a imagem de homem e pra "fixar" na cabeça da criança, que existe uma definição sexual, e que é essa que ele tem que seguir.
Mas todos se esquecem, que não adianta forçar um ser humano, a ser uma coisa que ele não é. Quando crianças podem reprimir nossas vontades e afinidades com o mundo, por não termos ainda uma sexualidade definida e uma opinião formada. Mas a partir do momento em que crescemos e vemos o mundo pelas nossas próprias "janelas", não tem mais como esconder.
Você percebe que seus pais e a sociedade lhe fizeram um "fake" de si mesmo, e que em todo o contexto da sua infância, faltou certa legitimidade que não lhe deixaram aflorar.
É ai que surgem os bissexuais.
Pela sociedade "matuta" -ainda- que temos hoje e totalmente quadrada cheia de pré-conceitos ainda não aceitarem que as pessoas têm o livre arbítrio, e podem escolher de que lado da moeda gostar!
As pessoas, mesmo assumindo pra si mesmas, que na verdade sentem atração por pessoas do mesmo sexo, camufla, de certa forma, essa homossexualidade, com o jargão: Sou bi. (bissexual = gosta tanto de homens quanto de mulheres)
E começam a agir como heterossexuais, escondendo do seu meio social, sua verdadeira condição sexual, e assim mantendo seus relacionamentos homossexuais, totalmente exclusos, evitando assim as criticas, repressões e opiniões alheias. Existe certo medo de todos os homossexuais, da tal da rejeição. Mas acredito-me, que a rejeição, parte de si mesmo.
Se a pessoa encara sua condição, como um fato normal, e luta para que as pessoas que o rodeiam, aceite isso, tenho certeza, que essa será mais uma mera diferença que haverá entre a pessoa e seu meio social. Atentando ao fato, que nenhum de nós somos iguais. Então a opção/condição sexual, é apenas mais um fato que diferencia cada ser humano do outro.
Partindo do princípio que uma pessoa homossexual se julga bi -sim porque ela acaba acreditando nisso- ela passa a se relacionar com a pessoa do sexo oposto, para passar isso para a sociedade, e jamais desconfiarem da sua verdadeira "face".
Digo face, pois tenho pessoas próximas a mim, que já passaram por digamos, constrangimentos, se aproximando, apaixonando e decepcionando, por terem ficado com uma pessoa "bissexual", descobriu sua verdadeira sexualidade, e se sentiu totalmente usado (a) pela pessoa, para passar esse "cheque" de heterossexual.
Em qualquer das hipóteses, a verdade sempre tem que ser dita. Você ficar com uma pessoa, para "posar" de hetero para a sociedade, enganando e usando uma pessoa, fazendo ela se envolver por você e após ter passado a imagem de pegador (a) não dar nem satisfação, em minha opinião, é atitude de gente covarde e egoísta.
O que eu quero dizer, com todo esse texto, é que: Não importa, se você foi criado como um machão ou uma Barbie. E se hoje, você é um pegador ou um homossexual. O que vai definir seu caráter e sua integridade, não é a sua condição sexual, e sim o que você faz de bom e o que você realmente é internamente. Um beijo na boca, um sexo casual, jamais vai mostrar realmente pra sociedade hipócrita e suja que temos hoje, quem em sumo, você se transformou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário