Instituição falida ou invadida?

O amadurecimento às vezes cai como uma pedra em cima daquelas tão sonhadas ilusões que redigíamos naquela época, que internet não era tão em evidência assim. Pessoas românticas sempre acham que nasceram na década errada, porque relacionamento virou uma instituição falida e cheia de buracos, onde não se vive mais entre 2 pessoas e sim um aglomerado de intrusos, onde transformam as pessoas em robôs vazios e instintivos, cheios de desculpas para encobrir sua podridão. Bom, o amor em si a meu ver hoje, é apenas e olhe lá, fraternal e maternal. De resto, não acredito que ele exista como nas épocas em que se vivia ou morria por uma paixão avassaladora que durava muito mais que 7 dias. Digo instintivos no sentido que, a pessoa pode estar indo bem se relacionando com outra, usando aquele termo que não se existe mais na prática, a monogamia, mas basta aparecer alguém atraente e que lhe chame a atenção que ela não perde a oportunidade de praticar a bigamia ou traição, como queiram chamar, pelo simples instinto carnal, para seu total bel prazer. A meu ver, hoje não existe mais pessoas fiéis, que lhe faziam acreditar que o amor realmente era algo que valesse a pena, que se envolver não era um barco furado, onde você teria certeza de que hora ou outra você iria acabar se machucando. Falo de uma forma geral, pois ninguém escapa dessa definição que ninguém aguenta mais um "correio elegante". Basta um olhar ou uma insinuação, para que todo aquele mar de declarações e juras de amor ao pé do ouvido cobertos por pétalas vermelhas, se transforme em um rio turvo e sem sentido, perdido em meio a um amasso e uma noite com orgasmos múltiplos  Não existe mais aquela cumplicidade e fidelidade dos anos que antecedem a minha existência. Onde os homens/mulheres se doavam ao seu amado(a) com simples intuito de fazer o seu companheiro feliz e compartilhar uma vida de conquistas, derrotas, alegrias e tristezas mas sempre juntos com o mesmo amor de sempre. Vejo hoje, meus avós totalmente apaixonados após 50 anos  de casados, como se fossem namorados até hoje e fico me indagando se eu ainda vou ver uma cena assim daqui uns 50 anos, de pessoas da minha geração. Creio eu que não, espero trair minha convicção de hoje, quando eu chegar a esse patamar da minha vida. Pra quem acompanha meu blog, vai ler e dizer que fui um pouco contraditória nesse texto, mas o fato é que hoje, eu estou assim. Vivo em uma metamorfose ambulante, em relação a sentimentos.
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